Favelas da Grande SP têm maior número de casas em lixões e áreas contaminadas do País, diz IBGE
A região metropolitana de São Paulo é a que mais concentra pessoas em favelas no Brasil — 2,1 milhões —, segundo estudo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgado nesta quarta-feira (6). Além desse problema, os pesquisadores identificaram também que quase 2.000 domicílios estão localizados em áreas contaminadas, de aterro ou lixões. O estudo ainda ressalta que a contaminação dos terrenos nem sempre é de conhecimento da população que os ocupa.
Comparadas com outras favelas brasileiras, São Paulo tem o maior número de casas nesse tipo de área. Outras 2.282 casas em favelas estão em áreas de gasodutos e oleodutos e mais de 10 mil em localidades com predomínio de linhas de transmissão de energia. Essas ocupações são proibidas por apresentarem risco direto à vida dos moradores. As favelas instaladas em áreas de preservação ambiental também foram identificadas pelos pesquisadores. Eles encontraram 10.213 casas nesse tipo de localidade.
As unidades de conservação não podem ser ocupadas devido aos impactos negativos ao meio ambiente. A maior parte das casas localizadas em favelas — 66% — está na cidade de São Paulo, em seguida aparece Guarulhos, Santo André e São Bernardo do Campo. O restante está dividido nos demais municípios da região metropolitana. O perfil das favelas na Grande São Paulo se altera de acordo com cada região. Nas áreas mais próximas ao centro, por exemplo, é comum comunidades menores, mas com alta densidade populacional.
No Cantinho do Céu, zona sul da capital, os pesquisadores constataram que as casas estão próximas à represa de Guarapiranga, em lotes regulares, com acesso por ruas e becos. A Grande São Paulo tem também o maior número de favelas em regiões de encosta.
Fonte
http://noticias.r7.com/sao-paulo/favelas-da-grande-sp-tem-maior-numero-de-casas-em-lixoes-e-areas-contaminadas-do-pais-diz-ibge-06112013
Postado em: 13, abr, 2016